sexta-feira, 17 de junho de 2016



O que me continua a mover e a querer ser professora?


Efetivamente não é uma tarefa fácil:dias maus e dias bons e menos bons....
- Conversas... respostas travessas/incorretas... palavras...respostas...indisciplina... recusa em trabalhar.... brincadeiras... faltas de educação.... frustações.... dos alunos
- Direcção de Turma... justificação de faltas... contatos com EE...falta de etica entre colegas.... conversas pelas costas..... sumários.... enfim..trabalho e mais trabalho... dos professores
- Trabalhos de casa, fichas de trabalho, trabalhos de grupo, para gerir, planificar e avaliar, testes para fazer e corrigir... Grelhas para preencher.. papéis para preencher... notas para dar..., enfim...critérios para aplicar... tudo... em nome da organização e da burocracia que atrapalha a nossa prática..
.... fazem parte do desgaste anual que comporta à atividade de SER PROFESSORA.

Investimos nos alunos, acreditamos neles, lutamos ao lado deles, choramos, rimos, gritamos, chamamos à atenção, desesperamos, aconselhamos, falamos, comunicamos.. dialogamos.....orientamos.... mas tudo vale a pena!
As vezes estou cansada, frustada, desespera, com muitas expetativas(a que nem sempre correspondem), mas, até ao fim... planeio, reajusto, desenvolvo estratégias, crio recursos e novas formas de trabalho e atividades que cativem e os leve a gostar e acima de tudo a compreender e ao saber histórico, tanto como nós, da disciplina que lecionamos...
Ensinar...
É uma envolvência inexplicável.....de tudo resulta RECONHECIMENTO e, da parte deles, esforço, empenho.... 
Amizade? proximidade, confiança, respeito..... São algumas das sensações que continuam a existir quando, anos mais tarde, os encontro na rua e me cumprimentam e me reconhecem como a sua Prof/stora de História...

Esta Profissionalização foi e irá continuar a ser um desafio... 
Ser professora de História já o é!!!
O grupo 200, é um desafio: HGP e Português: didáticas, metas e competências, estratégias e recursos completamente diferentes,bnível etário mais baixo...que se complementam e interagem.. Tendo em comum a língua portuguesa e o país e a sua História, permitem o desenvolvimento de uma cidadania responsável... 
Cabe-me continuar a fazê-lo, tirando partido da minha experiência e conhecimentos históricos (grupo 400 - História e Arte), transmitir conhecimentos e sensibilidades... e ser professora!!

Aprendi, apliquei, e vou continuar a lutar, por tudo o que aprendi neste CPS e na disciplina de Seminário, na minha prática como Docente, de forma profissional e eficaz de forma a ir ao encontro das capacidades, necessidades e interesses dos meus alunos.

Como não o consegui sozinha, agradeço todo o apoio e ajuda dos professores, em especial a prof. Branca Miranda; aos meus colegas (de curso e da escola atual e antigos) que me apoiaram nesta "nova aventura". Claro está que à minha família e amigos, que pela sua presença sempre me apoiaram e me deram força para prosseguir...


Já tinha trabalhado num Blog (consulta) e no Moodle (associado às várias escolas por onde já passei), mas nunca tinha construído o "meu" Blog! Foi um desafio!
 O fato de o poder estar sempre a atualizar foi motivador. Só precisava de começar.. e efetivamente, preciso dele, para complementar a minha prática docente" Vou continuar a utilizá-lo como ponto de partida e de comunicação / interação com os meus alunos.

Ao longo deste PUC atualizei o meu Blog sobre a minha prática letiva e aspetos relevantes na disciplina de HGP/PORTUGUÊS, 2ºciclo. Procurei manter um fio condutor, postando curiosidades, associados a dias marcantes da História de Portugal ou internacional, temas relevantes da língua portuguesa, reflexões centradas na atualidade, descobertas e novidades históricas (por que a História, ainda hoje está a mudar com as descobertas arqueológicas), estratégias, recursos e materiais importantes na prática diária de uma professora... sempre à volta de conteúdos desenvolvidos na PUC de Seminário

A sua construção constituiu uma mais valia, uma construção profissional e reflexiva, importante que apoiará a minha atividade docente . Um Bem Haja a todos que me apoiaram!!

Ana Cristina Figueiredo








Falar sobre a atualidade...
Refletir.... conhecer... ter opinião.... participar sobre o meio envolvente.
 A História é reflexo de atos passados...




Por que a História se constrói e as decisões que te tomam hoje tem graves implicações no futuro. È importante que os alunos reflictam sobre a atualidade nacional e internacional: implicações para poderem refletir, formar uma opinião consciente e aprenderem a ser alunos autónomos e críticos.
O que está na ordem do dia é efetivamente esta problemática:

O que acontecerá se o Reino Unido sair da União Europeia?


O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os restantes líderes comunitários chegaram, esta sexta-feira, a um acordo para tentar evitar o chamado "Brexit" e manter o Reino Unido na União Europeia (UE). Cameron pretende recuperar soberania e alinhar menos com a integração europeia. Fará campanha pelo “sim” no referendo (a realizar 23/6/2016) sobre a manutenção do Reino Unido no bloco comunitário, que deverá ter lugar até finais do próximo ano.
Os defensores da Europa no Reino Unido afirmam que pertencer à UE facilita o acesso aos mercados, atrai investimento e garante mais de três milhões de postos de trabalho. Já os antieuropeístas, como o UKIP, negam que o país perca tantos empregos. Se o “Brexit” se concretizar será um problema para o orçamento comunitário. O Reino Unido deixará de contribuir para o orçamento – em 2014, por exemplo, contribuiu com cerca de 11,3 mil milhões de euros. Para compensar, os outros Estados-membros da UE deverão aumentar a sua contribuição ou receber menos da Europa.



NIVEL POLÍTICO. a União Europeia sem o Reino Unido perde peso no mundo. O país tem um dos melhores exércitos e serviços de informação, dispõe da arma nuclear e é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Possui ainda uma das melhores diplomacias.
Se os britânicos preferirem ficar de fora, a UE poderá vir a reforçar a sua coesão com Estados-membros a decidirem avançar na integração europeia. No entanto, um bloco comunitário reforçado, mas sem o Reino Unido não parece ter tanto peso na cena internacional. No caso de um “Brexit”(isto é, se a maioria for sim), há observadores que admitem que outros Estados-membros vão seguir o Reino Unido, com ou sem referendo. Num momento em que a UE e os 28 enfrentam uma vaga de populismo e cepticismo, a braços com várias crises em simultâneo, o “Brexit” terá ondas de choque difíceis de prever.

Educação para a Cidadania


A educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como referência os valores dos direitos humanos.


A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela sociedade. O exercício da cidadania implicapor parte de cada indivíduo e daqueles com quem interage, uma tomada de consciência, cuja evolução acompanha as dinâmicas de intervenção e transformação social. A cidadania traduz-se numa atitude e num comportamento, num modo de estar em sociedade que tem como referência os direitos humanos, nomeadamente os valores da igualdade, da democracia e da justiça social.
Enquanto processo educativo, a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.
A escola constitui um importante contexto para a aprendizagem e o exercício da cidadania e nela se refletem preocupações transversais à sociedade, que envolvem diferentes dimensões da educação para a cidadania, tais como: educação para os direitos humanos; educação ambiental/desenvolvimento sustentável; educação rodoviária; educação financeira; educação do consumidor; educação para o empreendedorismo; educação para a igualdade de género; educação intercultural; educação para o desenvolvimento; educação para a defesa e a segurança/educação para a paz; voluntariado; educação para os media; dimensão europeia da educação; educação para a saúde e a sexualidade.
Sendo estes temas transversais à sociedade, a sua inserção no currículo requer uma abordagem transversal, tanto nas áreas disciplinares e disciplinas como em atividades e projetos, desde a educação pré-escolar ao ensino secundário, de acordo com os princípios definidos no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 91/2013 de 10 de julho. Subjacente a esta conceção educativa, está uma visão integradora das diversas áreas do saber que atravessa toda a prática educativa e que supõe, para além de uma dinâmica curricular, também uma vivência de escola, coerente e sistemática, alargada ao contexto em que esta se insere.
A abordagem curricular da educação para a cidadania pode assumir formas diversas, consoante as dinâmicas adotadas pelas escolas no âmbito da sua autonomia, nomeadamente através do desenvolvimento de projetos e atividades da sua iniciativa, em parceria com as famílias e entidades que intervêm neste âmbito, no quadro da relação entre a escola e a comunidade. Não sendo imposta como uma disciplina obrigatória, é dada às escolas a possibilidade de decidir da sua oferta como disciplina autónoma, nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Deste modo, a educação para a cidadania pode ser desenvolvida em função das necessidades e problemas específicos da comunidade educativa, em articulação e em resposta a objetivos definidos em cada projeto educativo de agrupamento de escola ou escola não agrupada.
Atendendo à importância que o Ministério da Educação e Ciência reconhece a esta área curricular, têm vindo a ser produzidos, em colaboração com outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil, documentos que se poderão constituir como referenciais na abordagem das diferentes dimensões de cidadania. Os referenciais e outros documentos orientadores não constituem guias ou programas prescritivos, mas instrumentos de apoio que, no âmbito da autonomia de cada estabelecimento de ensino, podem ser utilizados e adaptados em função das opções a definir em cada contexto, enquadrando as práticas a desenvolver.

A transmissão de valores é uma preocupação universal dos educadores e da educação

As diversas dimensões da educação para a cidadania são já objeto de trabalho em muitas escolas, quer transversalmente, quer através de ofertas curriculares específicas e de projetos. As dimensões para as quais já foram elaborados ou estão em elaboração documentos orientadores para as escolas são, nomeadamente:
A Educação Rodoviária, que se assume como um processo de formação ao longo da vida que envolve toda a sociedade com a finalidade de promover comportamentos cívicos e mudar hábitos sociais, de forma a reduzir a sinistralidade rodoviária e assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações.
A Educação para o Desenvolvimento, que visa a consciencialização e a compreensão das causas dos problemas do desenvolvimento e das desigualdades a nível local e mundial, num contexto de interdependência e globalização, com a finalidade de promover o direito e o dever de todas as pessoas e de todos os povos a participarem e contribuírem para um desenvolvimento integral e sustentável.
A Educação para a Igualdade de Género, que visa a promoção da igualdade de direitos e deveres das alunas e dos alunos, através de uma educação livre de preconceitos e de estereótipos de género, de forma a garantir as mesmas oportunidades educativas e opções profissionais e sociais. Este processo configura-se a partir de uma progressiva tomada de consciência da realidade vivida por alunas e alunos, tendo em conta a sua evolução histórica, na perspetiva de uma alteração de atitudes e comportamentos.
Educação para os Direitos Humanos, que está intimamente ligada à educação para a cidadania democrática, incidindo especialmente sobre o espectro alargado dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, em todos os aspetos da vida das pessoas, enquanto a educação para a cidadania democrática se centra, essencialmente, nos direitos e nas responsabilidades democráticos e na participação ativa nas esferas cívica, política, social, económica, jurídica e cultural da sociedade.
Educação Financeira, que permite aos jovens a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e capacidades fundamentais para as decisões que, no futuro, terão que tomar sobre as suas finanças pessoais, habilitando-os como consumidores, e concretamente como consumidores de produtos e serviços financeiros, a lidar com a crescente complexidade dos contextos e instrumentos financeiros, gerando um efeito multiplicador de informação e de formação junto das famílias.
A Educação para a Segurança e Defesa Nacional, que pretende evidenciar o contributo específico dos órgãos e estruturas de defesa para a afirmação e preservação dos direitos e liberdades civis, bem como a natureza e finalidades da sua atividade em tempo de paz, e ainda contribuir para a defesa da identidade nacional e para o reforço da matriz histórica de Portugal, nomeadamente como forma de consciencializar a importância do património cultural, no quadro da tradição universal de interdependência e solidariedade entre os povos do Mundo.
A promoção do Voluntariado, que visa o envolvimento das crianças e dos jovens em atividades desta natureza, permitindo, de uma forma ativa e tão cedo quanto possível, a compreensão que a defesa de valores fundamentais como o da solidariedade, da entreajuda e do trabalho, contribui para aumentar a qualidade de vida e para impulsionar o desenvolvimento harmonioso da sociedade. A criação de uma cultura educacional baseada na defesa destes mesmos valores reforça a importância do voluntariado como meio de promoção da coesão social.
A Educação Ambiental/Desenvolvimento Sustentável, que pretende promover um processo de consciencialização ambiental, de promoção de valores, de mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os alunos para o exercício de uma cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais atuais. Neste contexto, é importante que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a participação ativa na tomada de decisões fundamentadas no mundo atual.
A Dimensão Europeia da Educação, que contribui para formação e envolvimento dos alunos no projeto de construção europeia, incrementando a sua participação, reforçando a proteção dos seus direitos e deveres, fortalecendo assim a identidade e os valores europeus. Pretende-se promover um melhor conhecimento da Europa e das suas instituições, nomeadamente da União Europeia e do Conselho da Europa, do património cultural e natural da Europa e dos problemas com que se defronta a Europa contemporânea.
A Educação para os Media, que pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de comunicação, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.
A Educação para a Saúde e a Sexualidade, que pretende dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental. A escola deve providenciar informações rigorosas relacionadas com a proteção da saúde e a prevenção do risco, nomeadamente na área da sexualidade, da violência, do comportamento alimentar, do consumo de substâncias, do sedentarismo e dos acidentes em contexto escolar e doméstico.
A Educação para o Empreendedorismo, que visa promover a aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes que incentivem e proporcionem o desenvolvimento de ideias, de iniciativas e de projetos, no sentido de criar, inovar ou proceder a mudanças na área de atuação de cada um perante os desafios que a sociedade coloca.
A Educação do Consumidor, que pretende disponibilizar informação que sustente opções individuais de escolha mais criteriosas, contribuindo para comportamentos solidários e responsáveis do aluno enquanto consumidor, no contexto do sistema socioeconómico e cultural onde se articulam os direitos do indivíduo e as suas responsabilidades face ao desenvolvimento sustentável e ao bem comum.
A Educação Intercultural, que pretende promover o reconhecimento e a valorização da diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos, no respeito pela multiculturalidade das sociedades atuais. Pretende-se desenvolver a capacidade de comunicar e incentivar a interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença comum à humanidade. 
BIBLIOGRAFIA
(http://dge.mec.pt/educacao-para-cidadania-linhas-orientadoras-0);



Pela escola inclusiva


A inclusão é um movimento educacional, mas também social e político que vem defender o direito de todos os indivíduos participarem, de uma forma consciente e responsável, na sociedade de que fazem parte, e de serem aceites e respeitados naquilo que os diferencia dos outros. No contexto educacional, vem, também, defender o direito de todos os alunos desenvolverem e concretizarem as suas potencialidades, bem como de apropriarem as competências que lhes permitam exercer o seu direito de cidadania, através de uma educação de qualidade, que foi talhada tendo em conta as suas necessidades, interesses e característica.

Para que a escola consiga desenvolver cidadãos com competências complexas, que lhes permitam participar na sociedade de que fazem parte, e que revelem atitudes de tolerância e respeito para com todos os outros cidadãos, ela não pode permanecer inalterada.





O desenvolvimento de uma educação inclusiva obriga a grandes mudanças organizacionais e funcionais em diferentes níveis do sistema educativo, a mudanças na articulação dos diferentes agentes educativos, a mudanças na gestão da sala de aula e do currículo e a mudanças do próprio processo de ensino-aprendizagem e, por isso mesmo, pode também originar resistências e medos, que inibam a ocorrência dessas mudanças.

A inclusão como um direito fundamental. Para os defensores do movimento inclusivo, a inclusão é uma questão de direitos que assiste a todas as crianças, independentemente do género, classe social, grupo social ou outras características individuais e/ou sociais. Tal como vem afirmado na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), “cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem” (alínea 1). A integração também constitui um direito que assiste a todas as crianças. 

Em Portugal, este direito é regulado pelo Decreto-Lei nº 319/91, de 23 de Agosto. Contudo, e ao contrário do que acontece com a inclusão, a integração na escola regular é ainda mediada pelo julgamento profissional daqueles envolvidos na educação das crianças com dificuldades educativas . Assim, muito embora constitua um direito, a integração contém ainda formulações que permitem a exclusão de alguns alunos do sistema regular de educação. No caso português, e tal como afirma “existem diplomas que inequivocamente determinam a integração escolar, mas as alíneas que se referem às situações de excepção (...) constituem, de facto, portas abertas para o envio de muitas crianças para os centros especiais e permitem a manutenção de muitos deles fora da responsabilidade do Ministério da Educação e dependentes do Departamento de Segurança Social” (p. 56). 

A inclusão visa, pois, garantir que todos os alunos, independentemente das suas características e diferenças, acedam a uma educação de qualidade e vivam experiências significativas. E vem questionar, como tal, segundo palavras de Rodrigues (2000), a “visão dicotómica da diferença” presente no modelo integrativo, de acordo com a qual existem “dois tipos de alunos 1) aqueles que seguem o currículo uniforme e principal; e 2) os que tendo deficiências ou dificuldades reconhecidas e estando integrados têm legitimidade para seguirem caminhos mais ou menos alternativos" (p. 9).

 É que, numa perspectiva de inclusão, a equidade educativa não se atinge desenvolvendo currículos diferentes para alunos com desvantagens marcadas ou baixando as expectativas relativamente a estes (Wang, 1995), tal como acontece na integração. Até porque inúmeros estudos referem que, de uma maneira geral, os objectivos desses caminhos mais ou menos alternativos são menos desafiadores do que os da escola regular e o currículo mais pobre. E é reconhecido, hoje em dia, aos alunos a quem não é permitido desenvolver as competências essenciais básicas, vão, posteriormente, apresentar dificuldades em participar na sociedade complexa dos nossos dias e em exercer, de uma forma informada e consciente, o seu direito de cidadania.

 Pretende-se com a inclusão que todos os alunos acedam a um mesmo currículo e, para tal, é essencial a criação de condições promotoras de equidade. A questão deixa de ser se a escola consegue dar uma resposta a determinado aluno apresentando determinadas dificuldades ou desafios, mas sim como é que a escola pode se organizar de forma a dar uma resposta de qualidade a esse aluno . Ora, isto implica uma grande mudança conceptual e estrutural, que passa por uma nova forma, não só de conceber a escola, como também de conceber a diferença.  

- Freire, Sofia, UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO, Revista da Educação, Vol. XVI, nº 1, 2008.
(http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5299/1/Um%20olhar%20sobre%20a%20Inclus%C3%A3o.pdf )



Leituras

Atualmente a leitura de um livro tem como ponto de partida o livro fisico mas pode ser audível , por ebook ou pela representação.



Aprendemos a respeitar os outros e as diferenças. O certo e o errado... os valores de respeito... trabalho em equipa...





Porque razão é importante ler?

A leitura é uma atividade oito ou oitenta: ou você ama ou odeia. Nunca ouvi falar de alguém que gosta “mais ou menos” de ler. Quem ama não entende como alguém pode não gostar e quem detesta não consegue compreender que graça o outro vê naquelas inúmeras páginas e nas longas histórias dentro de um livro.

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Pesquisas mostram que quanto mais cedo se começa ler maiores são chances de se tornar um leitor assíduo

1) Desenvolvimento pessoal – A leitura é uma atividade que estimula a reflexão sobre os nossos princípios, valores, pensamentos e atitudes. E isso não acontece só quando você lê livros de auto-ajuda. Histórias ficcionais, literatura clássica, biografias e até livros relacionados a assuntos profissionais provocam algum tipo de reflexão durante a leitura. Depois de ler um livro, você nunca é a mesma pessoa que era antes de lê-lo. Mesmo que não perceba a mudança, algo que você leu ficou guardado nos seus pensamentos e contribuiu para o seu crescimento.

2) Estimula a criatividade –  A melhor maneira de se tornar uma pessoa criativa é conhecer o máximo de coisas diferentes possível, e os livros estão entre as melhores ferramentas para isso. Todos os leitores têm seu estilo de livro favorito, mas vez ou outra pode ser prazeroso se aventurar também por outros mundos, ler histórias diferentes e ter outras sensações. É esse o segredo das pessoas criativas, elas estão sempre abertas para o que é novo, e a leitura é um poço infinito de novidades, cultura, surpresas e ideias extraordinárias.

3) Melhor maneira de relaxar - Quando pensamos ou falamos sobre leitura, a imagem que vem à mente é a de alguém num lugar tranquilo, confortável e aconchegante, com a pessoa que lê expressando calma e felicidade. Essa ideia de tranquilidade é a primeira que nos vem a cabeça porque a leitura é mesmo uma das melhores maneiras de relaxar. Ler é uma terapia porque é uma forma garantida de esquecer o mundo e os problemas à sua volta e abandonar o mundo digital por algum tempo, já que a atividade exige total desligamento e concentração.


4) Nunca estar sozinho - A solidão nunca é um problema porque leitores jamais ficam entediados ou tristes se não houver ninguém por perto para conversar ou lhes fazer companhia. Pelo contrário, até gostam de ter seus momentos sozinhos para apreciarem seus livros sem interrupções. Assim como um amigo, livros são bons companheiros e te fazem sorrir, te emocionam, te envolvem, te cativam e fazem com que você se identifique e se sinta bem.

5) É um bom hábito – Ler é um hábito e, assim como qualquer outro, requer esforço, foco e vontade, principalmente no começo. Alguns começam a ler quando crianças, aos poucos. Outros descobrem os livros mais tarde. O problema dos adultos que querem aprender a gostar de ler mas não conseguem, é que acham que precisam ler um livro inteiro em um dia e dez em uma semana, e se frustram quando não conseguem. O segredo é ler um pouco a cada dia e ir descobrindo o que aquilo lhe traz de bom. A leitura é um dos bons hábitos que todos deveriam desenvolver, inclusive por seus benefícios à saúde: ela diminui o stress, estimula a memória, aumenta a concentração e melhora o raciocínio.


6) Ameniza situações estressantes – Filas, salas de espera, transporte público, esperar por alguém atrasado… o que essas situações têm em comum? Elas são extremamente estressantes, a não ser para quem tem sempre um bom livro à mão! Leitores já estão acostumados a abrir um livro quando se deparam com essas situações, pois sabem que é uma maneira muito melhor de passar o tempo do que ficar olhando para as paredes. Alguns até gostam de ter momentos assim no dia a dia, principalmente os que têm pouco tempo para ler. Esses são, aliás um ótimo exemplo de pessoas que conseguem ver algo de bom até mesmo em situações ruins (também conhecidos como otimistas).



7) “Viver” outras vidas – Quem não gosta de ler talvez tenha dificuldade para entender como é isso, mas quem gosta sabe que alguns livros nos envolvem de tal forma que nos sentimos vivendo a experiência que estamos lendo. A leitura permite que você “viva” muitas histórias e tenha várias sensações, como se apaixonar por um personagem, sentir raiva, torcer por alguém, ficar ansioso e supreender-se. A vida real dificilmente possibilitará que você vivencie tantas coisas diferentes em tão pouco tempo.

8) Entretenimento acessível – Por muito caros que sejam os livros , a leitura ainda é uma das formas de diversão mais acessíveis que existem.  Seja através da biblioteca, troca de livros com amigos ou através da compra, tudo é possivel.
Melhor ainda, para quem não tem espaço fisico para os colocar, pode sempre ler ebooks! Não é a mesma coisa, mas podemos ler!!!

9) Fazer amizades – Nada melhor para um leitor do que ter com quem conversar sobre o livro que acabou de ler. E o assunto rende, como rende! Fazer amizade com pessoas que lêem é garantia de sempre ter assuntos interessantes para conversar, porque falar sobre livros é um assunto infinito, além de ser muito fácil fazer amizades com leitores. Você menciona um livro, ele diz que também leu e em poucos minutos vocês conversam como se se conhecessem há anos

10) Informação – A coisa mais importante em um livro é, obviamente, o seu conteúdo. Existem livros sobre praticamente tudo, o que permite que você escolha ler aquilo que lhe convém e encontrar um mundo de informações dentro das páginas. É impossível medir quanto a leitura é capaz de somar ao seu conhecimento, mas os livros permitem que você decida o que e quanto quer aprender.

11) Muda sua vida – Todo mundo que gosta de ler e lê bastante pode citar pelo menos um livro que “mudou a sua vida”. Seja porque abriu seus olhos para algo, mudou sua maneira de pensar, o tornou fanático por algum assunto ou simplesmente fez com que quisesse ler mais e mais. A única certeza que temos ao pegar um livro é que não seremos mais a mesma pessoa após lê-lo. Alguns nos mudam mais e deixam uma marca eterna na nossa vida, outros não chegam a tanto, mas nunca pode-se dizer que um livro não mudou em nós absolutamente nada. Alguma diferença todos eles fazem.

12) Ter novos ídolos – Ter ídolos é algo que torna nossa vida mais divertida. Descobrir um autor que consegue te envolver em todos os seus livros, colecioná-los, vibrar quando anunciam um novo lançamento dele, ler e reler os seus favoritos, acompanhar o seu trabalho e a sua vida… é uma atividade prazerosa e enriquecedora, que  estimula e colabora com a felicidade.

13) É bom em qualquer idade – Você pode começar a ler a partir do momento em que aprende a decifrar as combinações de letras e praticar a leitura até o último dia da sua vida. É uma das poucas atividades que não determinam a idade de quem pode fazê-la e na qual você encontrará infinitas opções que te agradam em cada momento da sua vida.


14) Melhora a desenvoltura – Mesmo quem não gosta de ler tem consciência de que a leitura é essencial e faz diferença no aprendizado, principalmente porque amplia o nosso vocabulário e melhora a escrita. Mas poucos percebem que a leitura frequente tem efeito também quando nos expressamos verbalmente. Quanto mais conhecimento, maior a capacidade de nos expressarmos bem, independente dos meios. Isso é excelente principalmente para os tímidos, que precisam reforçar a confiança em conversas ou para falar em público.

15) Sentimentos que só um leitor entende – Abrir um presente e ver que é um livro que queria muito, sentir o cheio de livro novo, admirar sua estante repleta de títulos diferentes, organizá-los por cores, autores, tamanho, preferência ou da forma que achar melhor, o prazer de colecionar algo tão valioso, passar horas numa livraria e entender que livros e felicidade são sinônimos. Se você não gosta de ler, nunca entenderá.

Efetivamente! Ler faz parte do que mais gosto de fazer!
Espero que concordem comigo... e se não gostarem.... paciência!!


quinta-feira, 16 de junho de 2016



Por que PLANIFICAR é tão importante?



Planificar é um processo que está orientado para a ação, pré-ativo, onde se pensa a prática antes de a realizar, onde, com base no programa curricular definido pelo Ministério de Educação, em cada disciplina, se descrevem as estratégias, recursos e atividades, de acordo com as caraterísticas dos alunos. Ao longo do ano letivo, está sujeita a reajustes, de acordo com o progresso das aprendizagens.

A planificação é um importante auxiliar da prática pedagógica, contribuindo para o sucesso do processo ensino-aprendizagem, uma vez que permite ao docente fazer uma previsão do que poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de objetivos, conteúdos, experiências de aprendizagem, assim como a avaliação. 

É um processo que exige do professor uma reflexão sobre a sua prática, o que pretende com ela, quais os objetivos a atingir, consciente que a sua ação será determinante na aprendizagem dos seus alunos. 

Tipos de Planificação

  Ao iniciar um ano lectivo, é importante que o professor tenha uma perspectiva abrangente sobre o processo ensino-aprendizagem a desenvolver ao longo do ano, tanto no que diz respeito especificamente à sua disciplina como, de uma forma geral, à acção das várias disciplinas consideradas como um todo na acção educativa.
        Para isso, antes do início das aulas a primeira preocupação do professor deve consistir em delimitar globalmente a acção a ser empreendida ao longo de todo o ano escolar, isto é, em elaborar a planificação a longo prazo.

        Antes do inicio do ano lectivo e durante o seu desenrolar, é necessário elaborar planos a médio prazo correspondentes a cada unidade de aprendizagem consideradas no plano a longo prazo.
        Durante o ano lectivo e focalizando a acção que se desenrola no contexto da turma, é necessário elaborar planos a curto prazo de pequena amplitude correspondentes às acções que no dia-a-dia vão concretizar os diferentes conteúdos dos planos a médio prazo.

        É de necessário salientar que o facto de se elaborar um plano é tão importante quanto é importante ser-se capaz de o pôr de lado. Uma aula deve "acontecer", ser viva e dinâmica, onde a trama complexa de inter-relacções humanas, a diversidade de interesses e características dos alunos não pretende ser um decalque do que está no papel.
        Mas isto não significa de modo algum que se perca o fio condutor que existe numa planificação. Significa é que ele não pode ser rígido, mas sim flexível ao ponto de permitir ao professor inserir novos elementos, mudar de rumo, se o exigirem as necessidades e/ou interesses do momento.

Planificar Para Quem ? Porquê?

a) Para o aluno porque:
 - Sabe o que está a fazer, porquê e para quê;
- Adquire hábitos de organização (apercebe-se da organização do trabalho do professor) ;
- Intervém activamente na realização do trabalho, reflecte, discute, propõe soluções, reformula com o professor o trabalho programado;
- Tem consciência do seu próprio progresso;
- Auto avalia-se comparando o que realiza e o que estava programado realizar.

b) Para o Professor porque: 
- Organiza o trabalho verdadeiramente em função do papel formativo da disciplina;
- Reflecte sobre os conteúdos e métodos de trabalho e materiais mais adequados à aprendizagem;
- Controla e faz ajustamentos permanentes de acordo com as necessidades e interesses dos alunos;
- Distribui o tempo lectivo de acordo com as metas de aprendizagem que pretende atingir;
- organiza as suas actividades não lectivas em função dos critérios de eficácia pedagógica;
- Participa activamente na gestão democrática da escola.


c) Para a escola porque:
 - Torna possível um trabalho consciente de todos os docentes;
- Permite uma distribuição mais eficaz do tempo, do espaço e das tarefas;
- Permite coordenação interdisciplinar;
- torna as reuniões em momentos de coordenação útil de trabalho e não com perca de tempo;
- torna possível uma gestão democrática porque todos participam, porque conhecem os problemas existentes e empenham-se na sua resolução.

d) Para os Pais porque:
 Dá-lhes a possibilidade de saber o que os seus filhos aprendem, porque e para quê;
- Podem acompanhar o trabalho dos filhos;
- Apercebem-se do empenhamento dos professores em realizar um trabalho de qualidade;
- Participam com mais consciência nas actividades que a escola organiza para os encarregados de educação;
- Empenham-se em contribuir para melhorar a relação família escola.

e) Para a Sociedade porque:
- A escola , com os meios de que dispõe, responde o mais eficazmente possível às necessidades educativas da sociedade e contribui para:
- A aquisição de saber e instrumentos de aprendizagem que sirvam de apetrechamento de base para a inserção na vida prática e para estudos subsequentes;
- Desenvolvimento da autonomia e sociabilidade;
- Sensibilização a valores subjacentes a uma melhoria de qualidade de vida;





Ser professora de Português...


01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; adquire termos acessórios e artigos indefinidos.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é antiecológica; compra superlativos sintéticos.
21 - Professora de português não é frágil; é átona.
22 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
23 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.
24 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
25 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
26 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
27 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
28 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
29 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.



Português - 5ºano
6 de junho 2016 - 10h30




O Euro
A moeda portuguesa




O euro foi introduzido em 1 de janeiro de 1999 nas operações realizadas nos mercados monetários, cambiais e financeiros e para a grande maioria das operações de retalho. 

No entanto, a introdução física do euro aconteceu apenas em 1 de janeiro de 2002, quando mais de 300 milhões de europeus começaram a utilizar as notas e moedas de euro. No final de fevereiro de 2002, as notas e moedas de euro tornaram-se as únicas com curso legal na área do euro.


Moedas correntes
As moedas correntes têm uma face europeia comum e uma face nacional.

Face comum

Face comum das moedas euroAs faces comuns das moedas foram desenhadas por Luc Luycx, designer gráfico da Real Casa da Moeda Belga.

As faces comuns das 8 denominações exibem a sua assinatura, representada por LL.


As imagens na face comum das moedas de euro exibem ou imagens da União Europeia (desenho de 1999) ou da Europa (desenho pós-2007) e simbolizam a unidade da UE.

Em 7 de Junho de 2005, o Conselho decidiu que as faces comuns das moedas de 10, 20 e 50 cêntimos e das moedas de 1 e 2 euros — que representam a União Europeia antes do alargamento de 15 a 25 Estados-Membros, em 2004 — deveriam ser alteradas, de modo a representar todos os Estados-Membros da União Europeia.

As faces comuns das moedas de valor mais baixo (1, 2 e 5 cêntimos) representam a Europa no mundo, pelo que não são afectadas pelo alargamento da União Europeia.

Face nacional

Cada Estado-Membro do Eurosistema concebeu a face nacional das moedas metálicas de euro do seu país, representando motivos nacionais relevantes e bem conhecidos, rodeados pelas 12 estrelas da União Europeia.

Face nacional da moeda euro
As faces nacionais das moedas metálicas cunhadas em Portugal foram desenhadas por Vítor Manuel Fernandes dos Santos, que se inspirou em símbolos baseados na História de Portugal, e representam os três selos reais de D. Afonso Henriques:


1, 2 e 5 cêntimos – a área central contêm o primeiro selo real de 1134 com a epígrafe Portugal;
10, 20 e 50 cêntimos – a área central contêm o selo real de 1142;
1 e 2 euros - a área central contém o selo real de 1144.
Os castelos e os escudos do país aparecem rodeados pelas 12 estrelas europeias, simbolizando o diálogo, o intercâmbio de valores e a dinâmica da construção da Europa.

Notas de euro

As notas de euro têm curso legal ilimitado no território dos países que adotaram o euro. Fora deste espaço, o euro não possui curso legal forçado.
As notas de euro têm poder liberatório ilimitado, ou seja, qualquer nota de euro, independentemente do seu valor nominal, é apta para solver débitos ou realizar pagamentos de qualquer montante.

Com a introdução das notas e moedas de euro, em 1 de janeiro de 2002, os Estados-Membros da União Europeia que adotaram o euro passaram a usar uma unidade monetária comum, com ampla utilização internacional, o que trouxe inequívocas vantagens de natureza económica e social para os cidadãos desses países. A área do euro integra 19 países, após a adesão da Eslovénia (2007), de Chipre e Malta (2008), da  Eslováquia  (2009), da Estónia (2011), da Letónia (2014) e da Lituânia (1 de janeiro de 2015). Depois de uma década em circulação, o euro é considerado, na Europa e no resto do mundo, uma moeda estável e, como tal, tem despertado a atenção dos contrafatores. 

Moedas euro
Para garantir a integridade das notas de euro, o Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais do Eurosistema decidiram desenvolver uma nova série de notas de euro, a série “Europa”.


Quanto melhor os cidadãos conhecerem as caraterísticas das notas e moedas de euro, mais facilmente saberão avaliar a sua autenticidade, o que obviamente tornará mais segura a sua utilização como meio de pagamento.





12 de Junho de 1985 

Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à CEE




Tratado firmado a 12 de junho de 1985, no Mosteiro dos Jerónimos, que admitiu finalmente Portugal como membro de pleno direito da Comunidade Económica Europeia (CEE).
A entrada na CEE verificou-se numa conjuntura de grandes mudanças estruturais dentro da própria organização europeia facto que várias vezes conduziu a um atraso das negociações da adesão. De facto, o pedido de adesão havia sido formalmente aceite a 28 de março de 1977, tendo apenas sido aprovado a 29 de março de 1985, depois de muita pressão do governo do Bloco Central. O tempo de apreciação foi de oito anos e um dia, período durante o qual a CEE se foi certificando da credibilidade e solidez do novo sistema político, concedendo ao mesmo tempo algumas ajudas monetárias ao abrigo dos acordos anteriores.

As questões postas durante o tempo das negociações centraram-se na agricultura, nas pescas e na indústria portuguesa, bem como na necessidade de Portugal não se tornar num contribuinte líquido do orçamento comunitário, numa primeira fase.
O texto assinado impunha uma fase transitória de acordo com as liberdades a serem instituídas no espaço europeu - pessoas, bens e capitais. Assim, a liberdade de trabalhadores só entrou em vigor a partir de 1993, enquanto a liberdade de estabelecimento teve efeito imediato, o que apenas era vantajoso para os países ricos. Quanto à circulação de bens, o limite estabelecido foi também janeiro de 1993, de forma que Portugal tivesse tempo de suprimir os direitos aduaneiros para passar a reger-se pela Pauta Exterior Comum. No que concerne à liberdade de circulação de capitais, Portugal mostrou-se mais conservador, tentando proteger as empresas nacionais do domínio europeu, beneficiando para tal de algumas anulações. O mesmo tipo de política protecionista foi aplicado a setores-chave como os têxteis e a agricultura, onde a evolução foi feita lentamente de forma a permitir uma remodelação (ou reconversão) do sistema agrícola.
Relativamente aos tributos, Portugal não conseguiu deixar de vir a tornar-se num contribuinte líquido, apesar de ter conseguido a devolução parcial do IVA até 1991. Por outro lado, Portugal beneficiou de um sistema de ajudas monetárias que visa apoiar o desenvolvimento do país e a sua real integração no conjunto europeu.
Fontes: Infopédia; wikipedia (imagens); Público

12 de Junho de 1875


A figura do Zé Povinho, criada por Rafael Bordalo Pinheiro



O Zé Povinho" é uma das mais conhecidas personagens criadas por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905). Confunde-se com o povo português amplificando todos os seus defeitos e virtudes. Criado há mais de cem anos o Zé continua a ser nosso contemporâneo.

Raphael Bordallo Pinheiro (na grafia original) foi caricaturista, ilustrador, ceramista, decorador, editor e criador de uma das personagens que melhor personifica o ser português: o Zé Povinho.
A personagem nasceu em 1875 e passou a surgir com frequência nas vinhetas publicadas por Bordalo Pinheiro nas diversas publicações que editou ou onde colaborou. Surgiu pela primeira vez na 5ª edição do periódico "A Lanterna Mágica", a 12 de Junho de 1875, na charge intitulada "Calendário Portuguez", alusiva aos impostos, onde se representa o então Ministro da Fazenda, Serpa Pimentel, a sacar ao Zé Povinho uma esmola de três tostões para Santo António de Lisboa (representado por Fontes Pereira de Melo) com o "menino" (D. Luís I) ao colo, tendo ao lado o comandante da Guarda Municipal, de chicote na mão, presente para prevenir uma eventual resistência. Nas edições seguintes do periódico, a caricatura do Zé Povinho continuou a surgir com o personagem de boca aberta e a não intervir, resignado perante a corrupção e a injustiça, ajoelhado pela carga dos impostos e ignorante das grandes questões do país.
Tomou forma tridimensional, popularizando-se com a cerâmica da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, a partir do último quartel do século XIX.
O “Zé” foi assumindo a personalidade do povo, mas também as críticas ao sistema político e aos seus protagonistas. Os regimes passaram e as críticas assumiram novos contornos ultrapassando mesmo a vida do seu autor, com o “Povinho” a recriar-se nas mãos de novos autores e criadores.
Fontes: Ensina RTP; Infopédia; wikipedia (imagens)