segunda-feira, 23 de maio de 2016

23 de maio de 1179
Portugal faz hoje oficialmente 837 anos.

Neste mesmo dia, em 1179, o Papa Alexandre III emite a bula "Manifestis Probatum" em que reconhece Portugal como Reino independente. Esta bula declarou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e D. Afonso Henriques, o seu soberano. Reconheceu, ainda, a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de outubro de 1143 em Zamora, pelo rei de Leão e por D. Afonso Henriques.


As reconstruções de cidades ou espaços históricos
(um recuso tecnológico). O mundo virtual


As reconstruções de cidades e locais arqueológicos ou de edifícios históricos, assim como as visitas virtuais, a alguns monumentos históricos / cidades ou panoramas globais centrados num estilo artístico, são uma mais valia e motivação para a leccionação de uma civilização.

As reconstituições são uma ferramenta fundamental em Arqueologia. Antes, os formatos para essas reconstituições eram maquettes. Hoje, dadas as novas tecnologias, essas fazem-se em formato digital e têm produção à escala do mundo. 
 Um exemplo são as de Aquincum, na Hungria, visiveis através deste link que disponibilizo


Reconstrução de um espaço Romano (antes e depois)

Em Portugal, temos o exemplo de Conimbriga (entre outras cidades... ainda em descoberta)




Qual não é o aluno que olha para uma ruína (ou "amontoado de pedras", como os alunos descrevem) e depois, quando confrontado com a reconstrução não fica mais entusiasmado com a "realidade histórica"???? Se juntarmos a essa imagem "real"(reconstrução), uma descrição desse mesmo ambiente, com uma envolvência musical...então, estão mesmo a VIVER A HISTÓRIA...
Os alunos têm que olhar para a História de um país, compreendendo e dando-lhe significado para assim querem estudá-la e saber mais.



As tecnologias de informação e comunicação podem desempenhar um papel importante nos ambientes educativos. As tecnologias disponíveis são variadas, bem como as estratégias possíveis para a utilização. 

A Realidade virtual é uma expressão habitualmente usada para referir um conjunto de tecnologias que, entre outras aplicações, podem ser utilizadas para criar ambientes virtuais interactivos, representando ou não ambientes reais, presentes ou passados. Estas representações podem ser utilizadas com muitas finalidades, mas a Educação é uma das mais evidentes. 

Algumas das tecnologias de realidade virtual exigem a utilização de equipamento específico, muitas vezes de difícil acesso em ambientes educativos. 

No entanto, outras existem de fácil acesso, bastando para isso utilizar um programa de acesso à Internet com o plugin adequado. Referimo-nos, por exemplo:
- aos panoramas desenvolvidos em QuickTime VR ou aos ambientes criados em VRML (Virtual Reality Modeling Language). 

Uma das áreas de utilização educativa de ambientes virtuais é, seguramente, a reconstrução de ambientes históricos, em particular os que já não existem e, por isso, não podem ser visitados e apreciados pessoalmente. Não é difícil encontrar na Internet projectos deste tipo, como por exemplo o History Virtual Tours da BBC (http://www.bbc.co.uk/history/multimedia_zone/virtual_tours/) ou o Virtual Gettysburg (http://www.virtualgettysburg.com/). 

A linguagem VRML é uma opção interessante para projectos deste tipo, pois permite disponibilizar os ambientes criados na Internet, permitindo o seu acesso a qualquer interessado. No entanto, muitos dos ambientes virtuais disponíveis têm grande dimensão, o que limita fortemente o seu acesso pelo utilizador comum, tendo em conta a lentidão de muitas ligações à Internet. Este problema, bem como o interesse em criar uma reconstrução virtual de um dos conjuntos arquitectónicos mais importantes da civilização romana em Portugal – Conimbriga

Para saber mais um pouco sobre o assunto, lê este artigo


domingo, 22 de maio de 2016



Recurso precioso para PORTUGUÊS


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Um ebook acessivel, publicado pela Associação de Professores de Português, como  recurso para apoio à Didatica do português (1º, 2º e 3ºCiclo)


Ainda com um pé sobre a História....





Lisboa romana por debaixo dos nossos pés (29/11/2015 - 09:00)


O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, de Raul Losada, inclui uma recriação em três dimensões da cidade na época romana. O ponto de partida para o trabalho foi uma notícia do PÚBLICO sobre escavações arqueológicas na Praça D. Luís I.


A presença Romana em Lisboa - recriação de Olisipo

A descoberta de um fundeadouro romano no subsolo de Lisboa, feita pelos arqueólogos durante a construção de um parque de estacionamento na Praça D. Luís I, deu origem a um documentário. Com esta obra, que inclui uma recriação em três dimensões de Olisipo, Raul Losada quer dar a conhecer a cidade com cerca de dois milénios que se esconde debaixo dos nossos pés.
O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, apresentado como “um projecto de divulgação do património arqueológico”, foi exibido pela primeira vez em Outubro, no Museu Nacional de Arqueologia (MNA). 
Em fevereiro de 2013, dá-se a conhecer o fato de na Praça D. Luís I ter sido descoberto, pelos arqueólogos da empresa ERA - Arqueologia, um fundeadouro romano, durante a construção de um parque de estacionamento subterrâneo da empresa Empark.

Nesse local de ancoragem de embarcações, que terá sido usado pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C., foram também encontradas meia centena de ânforas e algumas peças de cerâmica. Entre os achados feitos nessa altura estava ainda uma madeira, com cerca de 8,5 metros de comprimento, que mais tarde se concluiu ser parte de uma embarcação romana que terá navegado no Atlântico.


Peça foi encontrada em Lisboa, num fundeadouro usado pelo menos entre os séculos I a.C. e V d.C. (notícia do Público 21/3/2013). A peça de madeira identificada como fazendo parte de uma embarcação romana tem 8,5m de comprimento, mas foi agora seccionada em cinco troços - só um será preservado

"Estamos na presença de uma peça inequivocamente naval, de uma embarcação romana", afirmou ao PÚBLICO o coordenador dos trabalhos, que estão a ser desenvolvidos pela empresa ERA-Arqueologia em colaboração com o Centro de História de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores. Alexandre Sarrazola explicou, durante uma visita às escavações, que esta seria "uma peça para fazer a ligação das tábuas do forro e destas à quilha", "num tipo de construção shell first [em que o barco começa a ser construído pelo casco]". Quanto à dimensão do navio, aquilo que se pode dizer por enquanto é que, a julgar pelo comprimento da madeira descoberta, teria "dimensões consideráveis".
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Quanto à reconstrução da cidade romana de Olisipo
Também envolvido no projecto foi César Figueiredo, um mestre em ilustração que nos últimos anos tem trabalhado na área da arqueologia e do património. A posposta inicial era que desenhasse um navio romano, mas o trabalho de “ilustração e arqueologia virtual em três dimensões” realizado para o documentário acabou por incluir uma reconstituição da cidade romana de Olisipo.  

“Foi um trabalho monstruoso”, sublinha Raul Losada, para quem se trata de “uma inédita e surpreendente recriação”. César Figueiredo confirma que este foi “um trabalho que demorou muitos, muitos meses” a concluir, acrescentando que tal se deveu à necessidade de consultar uma série de fontes de informação e de promover várias reuniões com investigadores da área. O ilustrador admite que fazer "uma espécie de retrato robot" da cidade há cerca de dois milénios envolveu algum risco, dado que o conhecimento que se tem dessa época “ainda é parco”, apesar haver “estudos recentes de vários investigadores” sobre a matéria. César Figueiredo adianta que a recriação em três dimensões foi feita tendo por base informações já dadas como certas, como “os limites da cidade”, “o traçado da muralha” e a localização de alguns “pontos-chave”, como as fábricas de produção de preparados de peixe e o teatro romano.



As Estratégias em contexto Educacional



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Estratégia, é uma palavra de origem grega relacionada com a linguagem militar, segundo a Infopédia, é um estratagema, ou seja, «conjunto dos meios e planos para atingir um fim». 
Em educação, o termo é usado «com o significado de plano(s) concebido(s) pelo professor para, em relação a um dado conteúdo, promover determinadas competências, num contexto real» (Roldão, 2009). A estratégia é uma ação intencional, organizada e pensada pelo professor. Engloba peças-chave: intencionalidade, coerência, modos de organização e avaliação (Roldão, 2009).


Por que razão é importante que professor tenha uma estratégia?
É sempre importante que, ao planificar o professor tenha estratégias, isto é,  um plano para alcançar os resultados esperados de forma eficaz. Em contexto educativo, a delineação de estratégias, por parte do professor é fundamental. Ensinar é «uma ação especializada de promover intencionalmente a aprendizagem de alguma coisa por outros». (Roldão, 2005). Assim sendo, a ação de ensinar é uma ação estratégica, orientadora e reguladora da aprendizagem dos alunos.
Ensinar é uma estratégia regulada e orientada e estrategicamente articulada. Deste modo, planear ações de ensinar eficazes é assumir uma postura estratégica de modo a atingir uma finalidade (as atividades podem ser organizadas segundo estratégias diferentes, depende da finalidade que se quer atingir).
 
      Batalha de Aljubarrota 02.jpg


 A táctica do quadrado, muito importante durante a Batalha de Aljubarrota, permitiu aos Portugueses a vitória perante em exército muito maior do que o lusitano.

Estratégias não são nada mais que planear ações que permitam atingir objetivos, no caso do ensino, aprendizagem de algo (definido nos currículos e programas). Constitui um conjunto de atividades, que se pode organizar em torno de uma estratégia de ensino ou de várias estratégias, de acordo com as finalidades que o professor pretenda alcançar (Roldão, 2009), por forma a promover a motivação e o interesse de cada aluno.

A estratégia de ensino define um «percurso intencional orientado para a maximização da aprendizagem do outro» (Roldão, 2009). A atividade é abrangente, a tarefa específica e a técnica tem uma função instrumental (Roldão, 2009). Assim, a atividade é um conjunto de actos, nos quais pode incluir o trabalho de grupo, a pesquisa sobre um tema ou a resolução de exercícios. A tarefa é um trabalho que se faz num determinado tipo de tempo. A técnica é um conjunto de processos para se alcançar determinado fim.

Como são visíveis as estratégias na prática pedagógica do docente?


No ensino, a estratégia reflete-se na planificação,A estratégia poderá ser alterada de acordo com as finalidades e a avaliação.
Uma atitude de prática refletida, permite criar uma estratégia, na qual estarão previstos, podendo ser ajustados, os instrumentos e modos de avaliação, pelo que é relevante a explicitação dos critérios de avaliação antes da realização dos alunos de qualquer atividade. A delineação dos momentos e modos de avaliação para aferir a adequação e validade da mesma, quer através dos processos, quer dos resultados de aprendizagem esperados. O professor poderá reorientar as atividades e auxiliar os alunos a regularem a sua aprendizagem, com o intuito de clarificarem as suas ideias e alcançarem sucesso. Ao analisar e refletir sobre a sua prática letiva e sobre a sua estratégia, o professor conseguirá encontrar soluções para os problemas que forem surgindo durante o processo de aprendizagem, criando situações de avaliação e instrumentos que possibilitem saber se o aluno sabe utilizar o que aprendeu num contexto diferente, apelando a uma compreensão dos conteúdos e aplicação dos mesmos a várias situações.

As Estratégias de ensino e os processos de aprendizagem


Sendo a ação de ensinar, uma «ação estratégica centrada na melhoria das aprendizagens» (Roldão, 2009), David Ausubel (1978) afirmou que o professor deve começar onde o aluno está, ou seja, após a avaliação de diagnóstico (por período, sequência ou tema), o trabalho incide nesse ponto de partida (conhecimento prévio do aluno).

As estratégias identificam-se como indutivas e dedutivas, de acordo com o tipo de processo cognitivo que desencadeiam.( Ribeiro e Ribeiro (1989, 2005, citadas por Roldão, 2009),
- As indutivas partem da observação e análise de dados para daí os alunos aferirem conclusões e enunciarem um conceito ou uma generalização. De seguida, são apresentados novos exemplos para testar e consolidar a sua compreensão
- As dedutivas partem do conceito ou generalização para a sua definição ou descrição.

Outros autores classificam  as estratégias de acordo com o princípio da realidade em três grupos: «situações de vida real, simulações de realidade e abstrações da realidade» (Vieira e Vireira, 2005, citadas por Roldão, 2009).

  Bibliografia
Dicionário da Língua Portuguesa em Acordo Ortográfico [online]. Porto: Porto Editora, 2003-206 ou  http: www.infopedia.pt/dicionários/lingua-portuguesa/estratégia
Roldão, Maria do Céu, Estratégias de Ensino. O saber o agir do professor, Vila Nova de Gaia, Fundação Manuel Leão, 2009, p. 55- 73.




Escavações no Campo das Cebolas revelam muro e escadaria pós-terramoto

(Público, 21/05/2016)- adaptado

Com as obras no “Campo das Cebolas”(em frente da Casa dos Bicos), na frente ribeirinha de Lisboa foram descobertos "restos das paredes, muito destruídas" do Forte da Ribeira. O subsolo escondia ainda vestígios dos séculos XVI e XV, como cerâmicas italianas e sementes.

1 - Como se pretende que o Parque das cebolas fique após a recuperação do espaço?


Outras imagens...



Só mais, uma curiosidade!!
Sabes por que razão este espaço ficou conhecido por "Campo das Cebolas?
Campo das Cebolas porquê? Antes do terramoto de 1755, chamava-se Praça da Ribeira Velha, mas depois tomou o nome do produto que aqui era descarregado e armazenado em grande quantidade. “

Também o Cais do Sodré vai ser requalificado...
O que se pretende obter...
Uma vista de olhos..

Bonito, sem sombra de dúvidas!
São só mais uns meses, com a circulação condicionada na cidade de Lisboa.

Voltando ao assunto inicial.... O que se está a passar nos campo das cebolas atualmente??
Segundo o público de 21/6/2016 (conteúdo adaptado)

As sondagens arqueológicas já tinham confirmado que sob o Campo das Cebolas se escondia uma estrutura portuária, integrada no plano de reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755. Mas agora que o local está em obras, o Cais da Ribeira Velha, com o seu paredão e a escadaria através da qual se chegava ao rio, está finalmente visível, depois de mais de um século e meio enterrado.



No Campo das Cebolas estão em curso duas obras:
- uma de requalificação do espaço público;
- outra de construção de um parque de estacionamento subterrâneo, com capacidade para cerca de 200 viaturas. Os projectos em execução são da autoria do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, com conclusão prevista para Março de 2017.

Neste momento, decorrem no local as escavações com vista à construção do parque e os trabalhos de desvio de infra-estruturas. Em paralelo decorrem também os trabalhos arqueológicos
Quem por estes dias visitar a obra poderá ver o paredão do Cais da Ribeira Velha, erguido no local depois do terramoto de 1755. Visíveis estão também as escadas que permitiam o acesso ao rio Tejo e aos barcos que nele se encontravam.
“O paredão está em óptimo estado. Esperávamos encontrá-lo mas surpreendeu-nos o bom estado”, diz uma das directoras científicas das escavações - Inês Simão acrescenta que, apesar de ser certo que esta estrutura portuária remonta ao século XVIII, existe ainda a “dúvida” sobre se na sua construção foram usados elementos de um muro anterior, que “aparece nalguma cartografia do século XVII”.
Filipe Homem frisa que uma parte do muro será incluída no parque de estacionamento, ficando visível para aqueles que o utilizarem. O restante, diz, será “cuidadosamente desmontado”, podendo as pedras ser “reaproveitadas” para preencher espaços onde elas estejam em falta ou para integrar “pavimentos e muros” à superfície, no âmbito do projecto de requalificação do espaço público.
Questionado sobre o futuro dos degraus em pedra, o arquitecto adianta que “a intenção” é que também eles sejam reaproveitados. Como estava já prevista a existência de um acesso ao parque de estacionamento no local onde o achado foi feito, Filipe Homem admite que no futuro os automobilistas venham a ter o privilégio de pisar uma escadaria do século XVIII para chegar à sua viatura ou para aceder ao exterior.
Além destes elementos, os trabalhos arqueológicos revelaram parte das paredes de alguns edifícios pós-terramoto e as suas fundações, em madeira. Junto a um tanque com água, no interior do qual foi depositada essa “estacaria pombalina”, Inês Simão explica que ela provém de “edifícios de alfândega e de armazém”, que existiam na área que hoje conhecemos como Campo das Cebolas e que na altura tinha a designação de Ver-o-Peso.
NOTA: As Estacas do período pombalino, utilizadas na construção de fundações de edifícios erguidos em solos de lodo, no espaço do actual Campo das Cebolas, em Lisboa. Estes materiais orgânicos devem ser acondicionados em água de maneira a evitar a sua degradação acelerada.

Também em frente à Casa dos Bicos foram encontradas marcas da reconstrução de Lisboa depois do terramoto, mas de natureza distinta. Aqui, nota a responsável empresa ERA- Arqueologia, ficava um quarteirão residencial, conhecido como Terreiro das Farinhas.
Associada à Casa dos Bicos há mais uma história para contar: durante os trabalhos os arqueólogos depararam-se com uma pedra que fazia parte do edifício. Essa pedra, concluíram, é testemunho da história do imóvel, cujos dois andares de cima ruíram com o terramoto de 1755 e foram mais tarde reconstruídos.  
Num outro nível de escavação, os arqueólogos encontraram “algumas estruturas” relativas a uma ocupação anterior, que remonta ao século XVII. Segundo Inês Simão, os achados incluem “calçadas” e “pilares onde assentavam as barracas” de venda do então existente Mercado da Ribeira Velha.
Entre aquilo que foi posto a descoberto pelas escavações estão ainda “restos das paredes, muito destruídas” daquilo que se pensa ser o Forte da Ribeira, uma estrutura que surgia identificada em cartografia do século XVII. Inês Simão nota que este não era “um forte de grande dimensão”, mas sim “um pequeno forte, de apoio à alfândega”. Segundo transmitiu ao PÚBLICO a Direcção-Geral do Património cultural (DGPC), esta construção “pode estar relacionada com a Guerra da Restauração, entre 1640 e 1668”.   
Finalmente, por baixo de tudo isso, escondiam-se aqueles que, pelo menos até agora, foram os mais antigos vestígios revelados no Campo das Cebolas. Em causa estão “cerâmicas, faiança e porcelanas” de diferentes proveniências, datas dos séculos XVI e XV.
Entre esse material, detalha, há cerâmicas italianas do século XVI (designadas por “majólicas”), porcelanas chinesas e peças de faiança, de Sevilha e nacionais. Também encontrados, conta, foram “alguns vestígios do que seria a alimentação” da época, como “sementes, cascas de coco, amêndoas e ossos de animais”.
Como saber mais, sobre as escavações? Não só através do site da Era Arqueologia (onde sairão informações quinzenais – pelo menos- sobre o andamento dos trabalhos) como a Emel dispôs-se a promover, entre 29 de Abril e 9 de Junho, visitas ao local abertas ao público. A participação nestas visitas requer inscrição prévia, junto da Emel. “Estamos a ponderar aumentar o número de visitas ou torná-las semanais, já que a lista de inscritos excede o calendário estabelecido”, diz ao PÚBLICO a directora de Institucionais e Cidadania da empresa, Helena Carvalho.  
Em resposta a perguntas do PÚBLICO, a DGPC sublinha que, graças a “uma inédita articulação” com a equipa do arquitecto Carrilho da Graça e com a Emel, “houve um cuidado especial no caderno de encargos para as obrigações da equipa de arqueologia promover acções e preparar conteúdos científicos ajustados à divulgação generalista junto dos cidadãos”.
Quanto ao património encontrado no Campo das Cebolas, a direcção-geral constata o resultado das escavações em curso “confirmou as várias estruturas que já eram conhecidas das fontes históricas e que foram identificadas no âmbito dos trabalhos iniciais de avaliação e diagnóstico arqueológico”.

Finalmente, em relação ao que ainda pode estar por descobrir no Campo das Cebolas, a DGPC afirma que “a continuação dos trabalhos arqueológicos irá sempre contribuir para a identificação de elementos e contextos que são fundamentais para a compreensão da história da cidade de Lisboa”. Entre eles, revela, poderá estar “património arqueológico náutico e subaquático”. “
LISBOA antes do TERRAMOTO



A nossa querida Lisboa tem muita história!
Facto é que, sempre que reparamos alguma coisa no subsolo de Lisboa, qualquer coisa é descoberta. Foi o caso do que aconteceu, com a requalificação do "Campo das Cebolas"


Uma visão sobre a Lisboa antes do terramoto de 1755. (Museu da Cidade)
O Museu da Cidade, em conjunto com uma equipa da empresa portuguesa SWD Agency, recriou virtualmente ruas, praças e edifícios emblemáticos da capital antes da destruição provocada pelo sismo de 1755. A três dimensões, estes modelos virtuais, alguns animados em vídeos, transportam-nos para as ruas de Lisboa nas vésperas do terramoto.


Depois de uma imagem da ativa cidade de Lisboa, no século XV/XVI, a planta (datada de 1650)



sábado, 21 de maio de 2016

AVALIAÇÃO

O que significa avaliar ?

"A avaliação pode considerar-se como um processo contínuo e sistemático que permite detectar em que medida os objectivos educacionais foram atingidos”(Proença, Didatica da História, p.144)


A avaliação escolar é um processo sistematizado de registo e apreciação dos resultados obtidos em relação metas educativas estabelecidas previamente.

  Atualmente a avaliação das aprendizagem está orientada por critérios de avaliação definidos pelo Departamento de cada escola. Frequentemente, o peso incide mais nas provas escritas (vulgo “testes”), nas fichas formativas; trabalhos de grupo, observação de aula, participação, empenho e realização de trabalhos de casa.

O sistema de avaliação é por isso contínuo, e cabe ao professor definir, de acordo com estratégias e recursos, adoptar diferentes instrumentos de avaliação de acordo com as caraterísticas de turma e alunos que tem à sua frente. As sequências de aprendizagem são acompanhadas de forma eficaz, possibilitando ao aluno constatar a sua evolução e controlar a sua aprendizagem.


Tipos de Avaliação


Ao longo do processo de aprendizagem são vários os tipos de aprendizagem:

1. - A avaliação diagnóstica
Destina-se a verificar se os alunos estão na posse de conhecimentos, aptidões ou capacidades necessárias à aprendizagem da unidade seguinte. Forma dos professores se certificarem da adequação das estratégias ao grupo, como motivação dos formandos e, ainda, para se inteirarem das aprendizagens já possuídas por estes. Permite que o professor possa planear as aulas com base no conhecimento real do nível de aprendizagens e experiências dominadas pelos seus alunos.
Os testes diagnósticos incidem sobre conteúdos gerais, dos anos anteriores, cujo domínio poderá influenciar e atrasar as aprendizagens do ano letivo em questão. Por que servem apenas como consulta e ponto de situação das aprendizagens, os testes de diagnóstico não são alvo de classificação.
A avaliação dos pré-requisitos é a forma de avaliação diagnóstica através da qual se verifica se o aluno possui as aprendizagens anteriores necessárias para que novas aprendizagens tenham lugar. Um pré-requisito é uma aprendizagem anterior requerida e imprescindível para a nova aprendizagem.

2 – A Avaliação formativa


Realiza-se ao longo de todo o processo, em todas as situações de aprendizagem, sobre cada objetivo. A avaliação formativa identifica situações de aprendizagens mal conseguidas, informa sobre medidas correctivas a tomar, Um teste formativo incide num número reduzido de objetivos, à volta dos quais o professor elabora várias perguntas.

Professor regista os resultados, isto é os níveis de consecução de cada aluno e o perfil de aptidões da turma . Deste modo, alunos e professor gerem com mais eficácia o seu tempo de aprendizagem e escolhem os meios de remediar situações de insucesso.

3 - A avaliação sumativa 
Constitui um balanço das aprendizagens e competências adquiridas no final de um tema domínio ou subdomínio. Reflete-se numa nota/ classificação. Completa-se o ciclo da avaliação.
Vários são os objetivos na avaliação sumativa:
·        - equilibra-se a avaliação formativa - revela as aprendizagens já consolidadas e as que entretanto não se consumaram;
·            -  informa sobre os assuntos ou objetivos mais difíceis de ensinar e aprender para a generalidade dos alunos;
·               - informa sobre o sucesso ou insucesso de certas metodologias;
·      - permite comparar resultados globais de programas de formação aplicados a grupos semelhantes ou diferentes. Avalia a própria formação;
·               - é um instrumento de tomada de decisão.

Os testes sumativos incidem sobre um conjunto vasto de objetivos e informam sobre as aprendizagens mais significativas.

A elaboração de um instrumento de avaliação sumativa decorre dos seguintes princípios:
·  - seleção dos objetivos a testar, de modo a testar todos os objetivos ao longo do tema;
·   - determinação da importância relativa de cada objetivo e área de conhecimento, tendo em atenção o seu desenvolvimento nas aulas. O peso da respetiva classificação decorre dessa importância;
·         -  seleção do tipo de perguntas adequadas para testar o objetivo pretendido;
·      - recolha de graus de dificuldade diferentes para os itens e adequada classificação de cada item.


Um instrumento de avaliação sumativa é sempre corrigido pelo professor. O registo numa matriz de todas as classificações da turma, por item, dará uma visão completa e real do sucesso das atividades realizadas. Poder-se-á deste modo avaliar as decisões tomadas e as que estão por tomar.




BIBLIOGRAFIA
Arends, R. (2008). Aprender a Ensinar
Proença, M.Cândida. (2005), Didatica da História. Universidade Aberta. Lisboa.

O TPACK


O bom ensino não é a simples adição de tecnologia ao ensino já existente. . O Conhecimento Tecnológico Pedagógico de Conteúdo (TPACK) é uma metodologia para entender e descrever os tipos de conhecimentos necessários a um professor para a prática pedagógica efetiva num ambiente de aprendizagem equipado com tecnologia. 

A metodologia TPACK argumenta que uma integração efetiva da tecnologia para ensinar um conteúdo ou assunto específico requer entendimento e negociação entre os três seguintes componentes: Tecnologia, Pedagogia e Conteúdo como se pode observar no diagrama seguinte:

Esta metodologia salienta as complexas relações que existem entre o conhecimento das áreas de conteúdo, pedagogia e tecnologia e pode ser uma estrutura organizacional útil para definir o que os professores precisam de saber para integrar a tecnologia às suas práticas de maneira efetiva (Archambault & Crippen, 2009).
A formação dos professores em tecnologia por si só não será suficiente se o professor não estiver predisposto ou não souber, usar as novas ferramentas TIC num contexto relacional e transacional entre os três componentes sugeridos pela estrutura do TPACK.
Observa com atenção o video, de como funciona o TPACK!


Um professor capaz de negociar essas relações possui uma competência diferente, mais ampla que o conhecimento de um especialista de uma disciplina ou que um especialista em tecnologia ou que um especialista em ensino.
Constitui um método de organização para programas de desenvolvimento profissional, tecnológico e educacional para professores.


BIBLIOGRAFIA
Archambault, L., & Crippen, K. (2009). Examining TPACK among K-12 online distance educators in the United States.Contemporary Issues in Technology and Teacher Education, 9(1), 71-88.