domingo, 22 de maio de 2016

As Estratégias em contexto Educacional



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Estratégia, é uma palavra de origem grega relacionada com a linguagem militar, segundo a Infopédia, é um estratagema, ou seja, «conjunto dos meios e planos para atingir um fim». 
Em educação, o termo é usado «com o significado de plano(s) concebido(s) pelo professor para, em relação a um dado conteúdo, promover determinadas competências, num contexto real» (Roldão, 2009). A estratégia é uma ação intencional, organizada e pensada pelo professor. Engloba peças-chave: intencionalidade, coerência, modos de organização e avaliação (Roldão, 2009).


Por que razão é importante que professor tenha uma estratégia?
É sempre importante que, ao planificar o professor tenha estratégias, isto é,  um plano para alcançar os resultados esperados de forma eficaz. Em contexto educativo, a delineação de estratégias, por parte do professor é fundamental. Ensinar é «uma ação especializada de promover intencionalmente a aprendizagem de alguma coisa por outros». (Roldão, 2005). Assim sendo, a ação de ensinar é uma ação estratégica, orientadora e reguladora da aprendizagem dos alunos.
Ensinar é uma estratégia regulada e orientada e estrategicamente articulada. Deste modo, planear ações de ensinar eficazes é assumir uma postura estratégica de modo a atingir uma finalidade (as atividades podem ser organizadas segundo estratégias diferentes, depende da finalidade que se quer atingir).
 
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 A táctica do quadrado, muito importante durante a Batalha de Aljubarrota, permitiu aos Portugueses a vitória perante em exército muito maior do que o lusitano.

Estratégias não são nada mais que planear ações que permitam atingir objetivos, no caso do ensino, aprendizagem de algo (definido nos currículos e programas). Constitui um conjunto de atividades, que se pode organizar em torno de uma estratégia de ensino ou de várias estratégias, de acordo com as finalidades que o professor pretenda alcançar (Roldão, 2009), por forma a promover a motivação e o interesse de cada aluno.

A estratégia de ensino define um «percurso intencional orientado para a maximização da aprendizagem do outro» (Roldão, 2009). A atividade é abrangente, a tarefa específica e a técnica tem uma função instrumental (Roldão, 2009). Assim, a atividade é um conjunto de actos, nos quais pode incluir o trabalho de grupo, a pesquisa sobre um tema ou a resolução de exercícios. A tarefa é um trabalho que se faz num determinado tipo de tempo. A técnica é um conjunto de processos para se alcançar determinado fim.

Como são visíveis as estratégias na prática pedagógica do docente?


No ensino, a estratégia reflete-se na planificação,A estratégia poderá ser alterada de acordo com as finalidades e a avaliação.
Uma atitude de prática refletida, permite criar uma estratégia, na qual estarão previstos, podendo ser ajustados, os instrumentos e modos de avaliação, pelo que é relevante a explicitação dos critérios de avaliação antes da realização dos alunos de qualquer atividade. A delineação dos momentos e modos de avaliação para aferir a adequação e validade da mesma, quer através dos processos, quer dos resultados de aprendizagem esperados. O professor poderá reorientar as atividades e auxiliar os alunos a regularem a sua aprendizagem, com o intuito de clarificarem as suas ideias e alcançarem sucesso. Ao analisar e refletir sobre a sua prática letiva e sobre a sua estratégia, o professor conseguirá encontrar soluções para os problemas que forem surgindo durante o processo de aprendizagem, criando situações de avaliação e instrumentos que possibilitem saber se o aluno sabe utilizar o que aprendeu num contexto diferente, apelando a uma compreensão dos conteúdos e aplicação dos mesmos a várias situações.

As Estratégias de ensino e os processos de aprendizagem


Sendo a ação de ensinar, uma «ação estratégica centrada na melhoria das aprendizagens» (Roldão, 2009), David Ausubel (1978) afirmou que o professor deve começar onde o aluno está, ou seja, após a avaliação de diagnóstico (por período, sequência ou tema), o trabalho incide nesse ponto de partida (conhecimento prévio do aluno).

As estratégias identificam-se como indutivas e dedutivas, de acordo com o tipo de processo cognitivo que desencadeiam.( Ribeiro e Ribeiro (1989, 2005, citadas por Roldão, 2009),
- As indutivas partem da observação e análise de dados para daí os alunos aferirem conclusões e enunciarem um conceito ou uma generalização. De seguida, são apresentados novos exemplos para testar e consolidar a sua compreensão
- As dedutivas partem do conceito ou generalização para a sua definição ou descrição.

Outros autores classificam  as estratégias de acordo com o princípio da realidade em três grupos: «situações de vida real, simulações de realidade e abstrações da realidade» (Vieira e Vireira, 2005, citadas por Roldão, 2009).

  Bibliografia
Dicionário da Língua Portuguesa em Acordo Ortográfico [online]. Porto: Porto Editora, 2003-206 ou  http: www.infopedia.pt/dicionários/lingua-portuguesa/estratégia
Roldão, Maria do Céu, Estratégias de Ensino. O saber o agir do professor, Vila Nova de Gaia, Fundação Manuel Leão, 2009, p. 55- 73.




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